O Fluxo de Caixa é uma das ferramentas mais básicas para a gestão de qualquer empresa, e não há um só empresário que diga ao contrário, por outro lado, a sua elaboração pode torna-lo uma sinfonia perfeita ou um total desafino.

À primeira vista fazer um fluxo de caixa pode parecer algo extremamente simples, afinal basta colocar em uma planilha as despesas e receitas e verificar o resultado. Se as receitas são maiores existe sobra de dinheiro e ao contrário existe a falta dele.

Sim, seria simples assim, caso a análise fosse somente do mês corrente, mas definitivamente não é para isso que serve a análise de fluxo de caixa.

Um bom fluxo de caixa deve refletir as receitas e despesas já realizadas e, portanto, lançadas no contas a pagar e a receber, como também projetar eventos futuros para que seja possível prever a curto e médio prazos a liquidez da empresa.

E é aí que começa o desafio e onde muitos gestores se perdem, gerando informações que fazem com que a direção tome decisões equivocadas.

Primeiramente é preciso entender que o fluxo de caixa é construído por todos os departamentos da empresa, o financeiro é somente o seu guardião, ao gestor financeiro cabe a tarefa de assegurar que todas as informações estejam corretas e possam ser acessadas em tempo hábil.

Tudo começa pela área de vendas que projeta os faturamentos dos próximos meses.

De posse dessa informação o RH dimensiona a equipe e elabora as provisões para folha de pagamento, férias, contribuições e benefícios.

O setor produtivo ou de compras faz o planejamento da necessidade de insumos, mão de obra ou compras de produtos acabados.

As áreas financeira e tributária projetam os valores de impostos, tributos, despesas fixas e variáveis.

Todas essas ações devem ocorrer de maneira simultânea e repetida todos os meses, de modo que, ao final de um prazo estabelecido seja possível juntar todas elas e analisar o fluxo de caixa projetado para período futuro

Assim sendo, o gestor financeiro pode ser comparado a um maestro, que comanda as ações de cada músico para que ocorram no tempo exato, emitindo perfeitamente cada nota, que juntas formarão a sinfonia.

Portanto, creio que tenha ficado claro ser impossível fazer tudo isso em planilhas de Excel.

Se você é gestor de uma empresa grande ou média a quantidade de dados impede que uma boa gestão seja executada em Excel.

Se a sua empresa é pequena, é possível que o número reduzido de colaboradores seja o empecilho, uma vez que, o mesmo colaborador, em geral, é o responsável por mais de um departamento.

Portanto, um bom fluxo de caixa requer um ERP eficaz, é no software que todas as informações estão armazenadas e compiladas, só com ele é possível efetuar mudanças que automaticamente geram impactos nos outros departamentos, como aumento ou diminuição de vendas.

O que é muito comum nos softwares é que ele seja capaz de gerenciar somente os dados provenientes de atos já praticados como vendas e compras, ou seja, fluxo de caixa realizado, sem o diferencial de ter o fluxo de caixa projetado.

Em uma empresa do ramo têxtil ou de confecção a ferramenta de fluxo projetado se torna ainda mais complexa, pois são inúmeras etapas produtivas que frequentemente são executadas por diferentes prestadores de serviços.

Por isso, seja o melhor maestro e produza uma sinfonia perfeita! Escolhendo um ERP adequado e sendo o gestor que conduzirá todo o processo, determinando prazos, dando suporte e sanando as dúvidas.

 

Ose Fernandes

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